domingo, 7 de novembro de 2010

Brasileiros buscam trabalho na Guiana Francesa


Todos os dias, brasileiros deixam a capital do Amapá em direção ao norte do estado. Viajam 600 quilômetros de ônibus ou em carros particulares até chegarem a Oiapoque, de onde muitos planejam cruzar a fronteira marítima e chegar à cidade de Saint-George de L´Oyapock, na Guiana Francesa. De voadeira (pequeno barco a motor), a travessia do Rio Oiapoque dura cerca de 15 minutos.

Atraídos pelo euro - a moeda européia é utilizada no departamento ultramarino francês e bem aceita pelos comerciantes do lado brasileiro -, eles sonham em deixar para trás a pobreza e a falta de emprego. O principal destino dos que conseguem passar pela vigilância dos policiais locais e franceses é o entorno da capital, Caiena.

Deputados do estado estimam que pelo menos 40 mil brasileiros vivam na Guiana Francesa. Não apenas do Amapá, mas também paraenses, maranhenses e, em menor número, de outros estados. A estimativa, no entanto, pode estar muito abaixo da realidade, já que não há como saber o número real de brasileiros que moram e trabalham ilegalmente no país.

Ao se encontrar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, na última terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os legalizados chegam a 20 mil. Muitos destes imigraram durante a década de 1960, quando o próprio governo local, necessitando de mão-de-obra para construir a base espacial de Kourou, incentivava brasileiros a irem trabalhar na construção civil.

Hoje, sem documentos, os brasileiros se sujeitam ao trabalho informal, principalmente nos garimpos clandestinos. Para as mulheres, há, na melhor das hipóteses, o trabalho na casa de famílias guianenses. No pior dos casos, a prostituição.

Fonte: http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/Brasil/Brasileiros-buscam-trabalho-na-Guiana-Francesa

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